4 de mar. de 2009

da nhaca e do fim do nheco nheco




Escatologias e amor combinam?
Acabei de ver um episódio do Seinfield em que relacionamentos são terminados pelos motivos mais tolos, pra ser mais específica, neste episódio a modelo termina com Seinfield porque o vê com o dedo no nariz dentro do carro. Isso poderia ser motivo de riso mais tarde e só, mas não querer nem mais ver uma pessoa por isso parece demais...bom, é um seriado de TV sobre o nada, e para falar sobre nada sempre se tem de exagerar cada pequena coisa, caricaturar as situações ao absurdo.
Mas isso me fez pensar em coisas escatológicas e com conotação romântica...por exemplo, tirar cravos e espremer espinhas do "amado". De onde as pessoas tiram que isso é "bonitinho" e "fofo"? Isso já é feio de se ver fazendo sozinho, no espelho, porque eu pediria para alguém fazer pra mim? Seria como pedir para a pessoa tirar meleca do meu nariz! "Aiii tem uma meleca me incomodando amor, sua unha é maior que a minha, tira pra mim?" (Pausa para náusea).
Mães até seguram o lenço para o filho assoar, mas não tiram cravo do filho adolescente! E além disso, namorado ou marido não são e não devem ser tratados como filhos, e já fazemos coisas escatológicas demais juntos...Talvez algumas a mais acabem com as que deveriam ficar!
Cortar as unhas ou lixar o pé do namorado também entram em coisas consideradas bonitinhas a se fazer encontradas em alguma lista bizarra de Nova para "agradar o gato". Gente, pedicure e dentista estão para mim entre as piores profissões. A não ser que você tenha um companheiro metrosexual, esta experiência pode ser traumática, e você pode até começar a preferir meias em noites de frio ao pé quentinho embaixo da coberta, só de lembrar daquele calcanhar rachado, das unhas encravadas e do chulé! E pés se esquentando é uma coisa que com certeza deveria ficar!
Bom, para vocês que não acham nada disso nojento e até podem estar me achando superficial à la Seinfield, por favor, limpem a mão depois, e antes de clicar nos meus links, obrigada.

Na imagem, uma tela de Hieronymus Bosch: A extração da Pedra da Loucura, uma crítica aos falsos padres curandeiros da época (séc. XIV e XV). É no mínimo uma cena escatológica. Tirando um pedaço do cérebro de alguém se está fazendo o bem? A idéia em si é contraditória.

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