28 de jan. de 2008

Elephant



O atendente da locadora não soube explicar o porquê do nome. Mas também não se pode esperar muita informação cinematográfica de quem nem sabe o que é a Trilogia das Cores. Se você quer saber sobre blockbusters pergunte a caras de locadora, qualquer outro tipo de cinema, só pergunte se quiser se deparar com uma careta de "Hein?". Acredito que eles olham para estes pedintes de filmes épicos e pensem: ui, lá vem outro pseudointelectual conhecedor de filminho alternativo. Conhecedora não sou, mas não custa tentar.
Ou custa, como foi o caso de tentar ver Elephant. Não que o filme seja de todo ruim, mas a sensação é que deveria ser um curta, sem as longas e tediosas tomadas das costas dos adolescentes caminhando. Será que era pra ficar parecendo documentário de adolescente? Isso já fizeram em Kids, que por sinal é produzido por Gus Van Sant, que dirige e escreveu Elephant.
Mas isso de acompanhar o caminhar das pessoas por ângulos bizarros já fazia o Godard, e eu ainda não consegui ver um filme inteiro do Godard.
Influências à parte, assim como o atendente não compreende os alternativos, eu não compreendo algumas "alternativisses" também.
Elefante. Grande, pesado, é o abacaxi do reino animal. Elefante branco é obra inacabada, grandiosa e inútil. O elefante parece um trambolho difícil de engolir e de se adaptar em qualquer lugar que não as savanas africanas ou partes da Ásia. Em minha interpretação, no filme, Elefantes eram os garotos que não se adaptavam no colégio. Elefantes são os que pedem o filme Elefante numa locadora comum.
No currículo do Gus, o diretor,tem coisas boas tipo Gênio Indomável e grandes porcarias como Até as vaqueiras ficam tristes. Mas essa película é realmente um Elefante. Pode até ter seu público e prêmios em festivais, mas em qualquer outro lugar ele me parece deslocado. Os adolescentes são estereotipados e superficiais. As personagens não cativam, nem pro bem nem pro mal. E porque diabos o menino usa uma roupa de touro? Só se for homenagem ao Almodóvar!
Não entendi e não gostei. Tentar ser diferente em tudo te faz hermético e antipático. Ou eu que sou a ignorante e deveria pesquisar mais sobre o filme. Mas pesquisar sobre o que não gostou só serve para falar mal com mais embasamento. E pra se irritar mais! Não, obrigada. =)
P.S: Na foto, o Jotalhão, elefante muito bem vindo em HQs e rótulos de massa de tomate.

25 de jan. de 2008

Pra não dizer que eu nunca postei nada bêbada


Que isso, foi só meia garrafa de vinho, nem era garrafa, era aquele recipiente menor ...como é o nome mesmo? Xi, álcool dá amnésia.
Ultimamente, se eu fico online de madrugada as pessoas bebem e vem falar comigo. Sem citar nomes, só os papos. Um pediu pra eu ligar pra outras pessoas pra mandar recado (até aí normal, mas era quase duas da manhã!) um veio com o básico "te considero pra caralho" e outro até me deu parabéns 8 dias antes do meu aniversário!
Que maldade, talvez meus amiguinhos nem tivessem bebido, talvez fosse só efeito do sono, certo?
Mas bem, amigos, sua bebedeira ou seu sono me fizeram rir um pouco, e pelas horas de vida que ganhei por isso (cada risada=1hr de vida extra pelos meus cálculos) este post meio bebum, meio com sono é em vossa homenagem!
ikup! boa noite
ikup!

22 de jan. de 2008

Idéias ao mundo I

Museu de falsificações.

Nele estariam as melhores falsificações do mundo. E não poderiam ser reproduções autorizadas, ou peças inspiradas em outras.

Poderia ser um corredor dentro de um “museu da contravenção”, nada ali foi ou é permitido. Mas acho que um museu assim precisaria de muitos guardas...

O autor do original pode dar o selo à cópia de mais autêntica falsidade, a mais parecida, ou a mais diferente, toscamente copiada. Isto fica a cargo do humor do criador original. Ou se ele preferir, podemos ter os dois – a pior e a melhor falsificação. Será uma eterna lembrança da criatividade dos homens para copiar.

Esta minha idéia, é claro, gostaria muito que fosse copiada sem a minha prévia autorização.

Copywrong by Nádia.

Série Breguetes II

Breguete é o que come
bribote no boteco
mostra a berruga
coça a pança
arrota a coca
e cai na dança

-rala coxa-
no rala e rola
entra brejeiro
ou da janela
olha, brecheiro

O breguete tem style
num é kitsch nem chique
Breguete não é tiete
o que ele usa ele cria
o que ele canta ele inventa
mesmo quando embroma
roquenrol anos 80

sou breguete de confiança
pela arte invento infância

P.S: Este poema não tem nada a ver com o bola-gato!

Série Breguetes

Verborragia

Hemorragia de palavra
hemograma do poema
vermelho-paixão

P.S: Cabem bem aqui estes versos depois do meu último post e da minha prolixidade.

20 de jan. de 2008

Livros e influências

Tem aquele velho ditado que diz, se sua vida não está lá uma grande aventura, fale dos livros que leu. (não tem?).
Ano passado obtive duas "conquistas literárias", terminei de ler Dom Quixote e Crime e Castigo, dois clássicos, terminados no mesmo dia (30/12, ufa, quase não deu tempo de cumprir a promessa do ano passado!) num domingo que resolvi transformar em dia útil.
O interessante de se ler clássicos, além da qualidade da maioria deles (só não me venham com Emile Brontë, um pé no meu saco literário) são as citações e as inspirações encontradas em vários ramos da arte.
O único filme que lembro ter visto inspirado em Crime e Castigo foi Nina, dirigido por Heitor Dhalia (mesmo do Cheiro do Ralo). O filme perpassa apenas pela parte inicial da história, pelo que lembro não vai longe no castigo que o próprio Rashkólnikov, personagem principal, se impõe e nem em todas as tramas e personagens envolvidos. Ele tem, porém, boas imagens e consegue captar um pouco o clima sombrio, com as adaptações necessárias entre São Petersburgo do século IXX e São Paulo atual. Os desenhos feitos pela personagem principal no filme, que é uma mulher, diferente do livro, parecem servir para mostrar o tal diferencial artístico, talvez usado para comparar com o diferencial intelectual, que para Rashkólnikov seria uma justificativa para grandes personagens da História cometerem seus crimes. Os crimes seriam a anulação dos fracos, uma relação entre os fortes em sua jornada e os fracos ou inúteis sacrificados pelo caminho, apenas degraus a serem subidos.
Achei uma crítica muito “forte” ao filme http://www.abacaxiatomico.com.br/?p=463 .Bom, não vi outros filmes inspirados na obra, mas o próprio diretor fala no making off que ele apenas se inspirou no livro, então, cobrá-lo a mesma profundidade no filme seria injusto. Talvez eu deva ver de novo, depois de ter lido o livro. Lembro de ter gostado na época, mas ele realmente me chamou mais atenção pelas atuações e pelo visual – além dos desenhos, a maquiagem, o figurino e as ambientações simples e pobres, decadentes, como no livro. Mas ao menos o filme tem um crédito confirmado, o de ter atiçado mais minha curiosidade sobre o livro, que se fixou em minha mente como meta de leitura até o ano passado. Foi um livro que apesar de ter começado a ler em novembro, terminei em cerca de um mês e meio, isso porque várias coisas estavam sendo lidas ao mesmo tempo, mas ele era lido em grandes bocados, prendendo a minha atenção por horas seguidas.
Já o Dom Quixote, ótimo livro, eu demorei o ano inteiro, pois apesar da qualidade e da hilaridade (existe isso?), ele dificulta a leitura pelo estilo imitativo de livros de cavalaria, o que não poderia ser diferente, pois o propósito dele é zoar com os tais livros. As influências do Dom Quixote vão desde as telas e esculturas feitas por 8 entre 10 artistas de Dom Quixote e seu escudeiro, até as análises políticas e de comportamento, onde a palavra quixotesca é ouvida ou lida muitas vezes.
Mas sobre o seu Quixote (agora me sinto íntima, porque todo mundo fala dele mas poucos leram o livro) eu escrevo algo mais em outros posts. Com certeza estes dois livros influenciarão muito em tudo que escrever daqui pra frente, e até mesmo no meu convívio com os outros. Pessoalmente, prefiro encontrar por aí mais Quixotes que Rashkólnikovs. Bom, talvez Rashkólnikov depois dos castigos tenham histórias interessantes pra contar...

19 de jan. de 2008

Corzinha de chiclete


Sim, o blog é rosa. Não bundão, não vamos falar sobre Barbies (credo, que menina agressiva). A página é rosa porque 99,9% dos chicletes da época da música que dá nome ao blog era rosa, de tutti-frutti, e a maior tecnologia em chicletes era um bubaloo.
http://letras.terra.com.br/ultraje-a-rigor/49195/
http://www.bubbaloo.com.br/index.asp
Mas este blog também não é sobre chicletes. Só este post.
Numa rápida pesquisa na net achei este site para afccionados: http://candyaddict.com/blog/2005/12/30/the-history-of-chewing-gum/ e mais este http://www.inhabitat.com/2007/10/24/the-bubble-gum-bin-made-from-recycled-gum/ provando que chiclete, enfim, pode ser algo útil (?) bom, ao menos reciclável, o que em épocas de eco chatos já é uma grande vantagem.
blog desligo

17 de jan. de 2008

Melancia

Versos de verão em dupla:

A melancia não é água por teimosia.
Ela resiste, mas ainda é doce.
(a primeira frase minha, a segunda do Léo, que está para escrever num blog faz tempo mas só enrola... mas aí está sua contribuição para meu novo velho blog :)

Serviços "24 horas" x Barricadas


Nada agradável o texto, muito menos o acontecimento, mas faz parte do verão. E de se morar no térreo do prédio.
Baratas, todos os dias, uma ou duas, até o ápice, o acontecimento maior do domingo.Sim, domingo já seria por si só um dia chato e tedioso. Este foi chato, mas não tedioso.Mais uma barata entrava em casa, até aí tudo bem, eram visitantes noturnas recorrentes há duas semanas.
Mas mal matara uma, outra apareceu, e eu acabando com o spray nelas. E esta assim como apareceu, se foi, e como barata é algo que a gente não perde tempo procurando porque elas sempre aparecem, esqueci e fui até a cozinha. E mais outra! E outra saindo debaixo do armário da área. Aí virou guerra. Borrifei o veneno lá dentro e armei uma barricada com o maior tênis da casa, o do meu irmão, que por sorte estava para secar do lado do tanque. Mas outra barata escala o tênis. É claro, mas o que poderia contê-las? Nem bomba atômica mata essas malditas! Meu SBP no final, meus vizinhos achando que eu dançava sapateado de tantas pisadas no chão. (porque só a barata do comercial morre com SBP, as de verdade apenas ficam lentinhas pra te ajudar a usar o chinelo).
Então fechei a porta da cozinha após matar todas que eu achei, e na fenda da porta coloquei as listas telefônicas da casa. Liguei para uma empresa de dedetização que se dizia 24hrs. Não atendeu. Segunda tentativa, atende um sr. com voz de sono. Eu, desesperada, pedia uma solução para matar o tal ninho de baratas que eu achei. O dedetizador, que pareceu-me o dono do negócio, me atendeu rindo, como se eu fosse apenas uma neurótica dona de casa sem mais o que fazer do que perturbar o sono dele. Ele me disse pra fazer o que? Usar SBP!!! Não meu senhor, o senhor não entendeu, são várias, acabou o SBP. Pode fazer alguma coisa hoje? Ah, só amanhã (ótimo, então o atendimento 24hrs é só pelo telefone, eu pensei.)
Isto era quase uma da manhã. Ele disse que os técnicos moravam longe e que eu teria de esperar duas horas para dormir depois deles passarem o veneno. Dormir? Quem vai dormir com um ninho de baratas à solta? Olha, mas a má vontade era tanta, que o cara ia me cobrar o triplo. Preferi confiar na minha barricada até o outro dia.
Caramba! Precisa aparecer a data em cada postagem?
Bom, se não dá pra disfarçar, vamos assumir.
Este é um re-blog, uma tentativa de reanimar o morto. Clear!
Só não prometo muitos posts, mas não queria desperdiçar este nome criado quando estava na faculdade!
Tá um blog feio, mas vou melhorando aos poucos. Agora o blogger parece mais fácil de lidar e alguns amigos nerds depois, espero ter aumentado meus conhecimentos nerdísticos para saber colocar coisas interessantes aqui além de letrinhas (ou seja, vídeos, fotos, links).
Blog. desligo