27 de abr. de 2015

Esquecida, eu?

Já comentei, não se se aqui, o quanto admiro as grávidas que continuam trabalhando. Eu gostaria de estar trabalhando quando engravidei, claro, mas eu fico pensando nos enjoos, na hiper sensibilidade, e nos tantos outros sintomas que não combinam em nada com o mundo corporativo. Por exemplo, a dificuldade de concentração e o sono.
Todos me perguntam do enjoo, sempre associado aos vômitos. Eu tive muito enjoo sem vômito no começo, mas não deixava de ser desagradável.
Além disso, tive uma certa sensibilidade exagerada e bastante sono nos primeiros meses. Agora é mais cansaço e dor nas costas e nas pernas pelo peso extra ganho em um ponto só do corpo. A dificuldade de concentração sempre esteve comigo,como parte da personalidade, mas costumava conseguir administrar, principalmente quando eu me focava em um trabalho mais elaborado ou mais prazeroso. Esta dificuldade pareceu também aumentada, e fico pensando como seria trabalhar nestas condições, ainda mais os trabalhos de escritório que fazia, que exigiam concentração para lidar com muitos dados e clientes. Nunca saberei se foram os eventos e destino incerto comentado no outro post que fizeram a dificuldade de concentração piorar, ou se foi a dificuldade de foco que piorou a realização de planos com clareza. No fim estabeleci como prioridade os planejamentos de consultas pré natais e exames, e os outros ficaram meio embolados, mas se caminha. Alguns dias eu parecia ter agilidade e clareza até maiores que o comum, e talvez estes compensassem. Algumas vezes situações tristes e imprevisíveis me fizeram ter atitude mais certeira, costumo ter mais tranquilidade para ação em momentos extremos.
Apesar dos percalços e das dificuldades, psicológicas ou reais, já temos uma casa com alguns móveis e utensílios, também graças a ajuda de muitos. Para ser um lar faltam poucas coisas, como internet rápida. O Caio não falta, pois está sempre comigo. Isto dá mais base e faz todo o resto mais fácil.

Esta pesquisa também me ajudou a ficar mais tranquila. Ficamos esquecidas para depois ficar mais espertas!

23 de abr. de 2015

Viajando com barrigão. Esse aqui ó!

Por mais que eu ache a barriga enorme desde o quinto mês, ainda semana passada ouvi dizerem que não se nota que eu estou grávida dependendo da roupa ou do ângulo. Porque só engordei 8 quilos.Talvez também porque os seios estão quase do tamanho da barriga. Aí com as roupas que não marcam, eu pareça alguém bem inchada. Fato é que ainda tenho de apontar a barriga para me darem acesso a filas e senhas preferenciais e completo este fim de semana o sétimo mês. Mas não tenho nenhum tamanho diminuto de ventre grávido. A gestação é das mais saudáveis e sem percalços, o tamanho da barriga tem sido medido pelos médicos, e as semanas correspondem certo aos centímetros da barriga medida verticalmente. (Este dado curioso também só vim a aprender agora). Bom porque não vou precisar passar fome para voltar ao peso anterior. Mal porque eu queria ter o mimo do "especial" sem precisar ser explícita, e porque a barriga pesa mesmo, já sinto pernas doloridas e cólicas depois de muito tempo em pé.
Talvez por este motivo não tenha sido pedido o meu atestado quando embarquei em Manaus e nem em nenhuma das conexões: Brasília e São Paulo até chegar a Florianópolis.
Pedi ao meu médico de Manaus atestado para viagem, ele me deu até dia 10 de Abril, pois se não desse certo a mudança provisória eu voltaria até dia 31 de Março. Esta pequena novela que se instaurou em nossas vidas em um momento tão delicado poderia ser tema de outro post, ou posts. Não sei se eu teria paciência e vontade de reviver isto para escrever. Para resumir, uma decisão que não dependia de nós foi adiada duas vezes por 3 meses, e fez com que nossos planos ficassem em suspenso. Ou melhor, fez com que tivéssemos dois planos, dependendo da decisão favorável ou não.
Antes da viagem já estava sentindo um cansaço um pouco maior que o comum ao ficar muito tempo em uma posição, por isso apelei para a meia calça leve compressão, imaginando que teria dificuldade, pois nunca me dei bem com meia calça. Era daquelas para quais meia calça é praticamente descartável, pois se rasga no primeiro uso. Mas o material reforçado destas deixou o uso bem fácil, e não senti tanto calor quanto pensei. Foi um dia nublado o da viagem de carro até Manaus - ufa. Talvez o fato de ter várias conexões no vôo tenha facilitado as pernas, pois tinha que levantar e andar, mais do que faria se estivesse em um avião só. E também não precisei ir tanto ao banheiro apertado do avião. O cansaço geral foi bem grande depois, mas as pernas não estavam pesadas.
A azia estava em seu auge (os dias em que mais senti até agora), e os lanches de carboidratos baratos do avião - pão, bolinho e afins, não ajudaram muito. As poucas maçãs que levei salvaram algumas horas da viagem.
Percebemos que o Caio não gostava de curvas nas estrada, nem de turbulência no avião, e imaginamos o mesmo tentando se segurar no cordão umbilical e escorregando. Deve ser realmente uma sensação nada agradável, e ele reagia com batidinhas e mexidas bruscas. Achei que teria mais problema com a pressurização e despressurização, mas ele só reclamou durante a turbulência, que na saída de Manaus durou cerca de uma hora.
No novo aeroporto de Brasília, ajudaram muito as novas esteiras, pois nosso embarque era bem longe e andar naquele piso escorregadio não é muito agradável.
No geral foi uma viagem bem tranquila mesmo com a correria antes do embarque. Com direito a pneu furado na estrada e táxi atrasado. Manter a calma foi essencial, e deu tudo certo.