28 de jan. de 2015

Sessão gulodices em: Os incríveis chocolates que encolhem


Fazendo uma pausa no diário do Caio, vamos voltar um pouco a um tema antes recorrente no blog: gulodices. Não se trata de desejos de grávida, até podia forçar a conexão, mas o caso é que sou uma grávida sem grandes desejos esdrúxulos. No começo na verdade, só de pensar em doces ficava meio enjoada, ainda bem, porque a glicose estava alta (estou aguardando o resultado de um segundo exame de glicose - cruzando dedos).
Eu tinha mesmo era vontade de comer coisas saudáveis: frutas, saladas, carnes leves. Estou até hoje querendo uma salada com rúcula, há meses não encontrada na cidade. Mas não chega a ser um desejo destes de acordar de madrugada e mandar marido buscar. Era só o corpo conversando comigo. Se a gente parar para ouvir, ele sempre pede o que faz bem. Para o corpo ou para o humor.
Mas passados os enjoos maiores do primeiro trimestre, comecei a comer um pouco mais de doce. Tendo cortado refrigerante, chicletes, balas, e quase todos os doces por um tempo, pensei que talvez minha glicose já estivesse normalizada. Aí apareceu em casa um Crunch, um dos meus chocolates Nestlé favoritos. Não pude deixar de notar o detalhe do peso. Pera aí, estes chocolates eram de 200 gramas! Lembro de comprar nas lojas Americanas por dois ou três reais cada barra. Depois elas viraram 180 gramas, 160, e agora 140! O preço, em compensação passou de dois para três, quatro, cinco e até seis reais. Isto é uma redução de 30% no tamanho, com aumento de mais de 50% no preço. Aposto que se for reclamar os fabricante virão com papo de vida saudável, diminuir obesidade, ajudar a baixar índice de diabéticos, como se todos os consumidores fossem egoístas e comprassem barras só para si. Ou ainda, se a família diminuiu de uma média de cinco para três pessoas, tem menos gente pra dividir!
O fato é que chocolates das grandes indústrias tem ficado cada vez piores na qualidade (com poucas exceções, entre elas o Crunch) e maiores no preço, tanto que chocolates artesanais às vezes valem mais a pena pelo benefício e qualidade. Ao menos eles não encolhem tão rápido!

27 de jan. de 2015

Parabéns²

Outro dia estávamos numa conversa sobre a quantidade de Parabéns recebidos pela gestação. Nem quando passei no vestibular ou me formei recebi tantos parabéns. Pensamos, e se não quiséssemos? Seria no mínimo inadequado congratulações. Mas isto não pode, nem passa pela cabeça convencional isto não ser um sonho, uma bênção, tanto faz a hora ou o preparo dos pais.Claro, não era este o caso, e quem convive conosco pelo visto acredita estarmos preparados, ao menos sabem que devíamos estar, pela idade e formação (glup!), mas mais que isso, sabem o quanto adoramos crianças. Mas é engraçado receber tantos parabéns se a criança ainda nem nasceu. E é um processo cíclico. Parabéns porque estou grávida, parabéns pro papai, parabéns pra mamãe, parabéns porque é um menino. Mas, quem já deu parabéns pela gravidez, qual o sentido de dar parabéns pela descoberta do sexo?
Nesta parte aparece o machismo nosso de cada dia, e ouvimos "é um varão"(o papai ouviu, ainda bem que não fui eu). Se fosse menina também ouviríamos parabéns do médico e colegas outra vez? E se fosse menina alguém diria, opa, um "capô de fusca", olha, um "pombão", ou outros adjetivos usados para vangloriar o sexo da criança? Porque estes últimos são de mau gosto, e o primeiro não? Me recuso a chegar na conclusão de que ser fêmea é um demérito, ainda. Mas não conheço um adjetivo para a primeira filha.
Talvez um pouco fora da curva, os dois queriam uma menina, mas os dois sentiram que era menino vendo o primeiro ultrassom, mesmo sem poder ver muita forma no embrião além da cabeça e tronco. E ficamos felizes da mesma forma, até paramos de falar que queríamos menina...Pss, o Caio pode ouvir e se sentir menos amado! E se ele quiser pode trocar de sexo depois, pode se vestir como menina, pode gostar de meninos, de meninas ou dos dois, só não pode maltratar nenhum dos dois, só não pode ser machista, isto para mim seria vergonha.
P.S: Se quem chamou ou chama primeiros filhos de "varão" estiver lendo isto, não se sinta ofendido. À vezes repetimos coisas e nem paramos para pensar no significado. Se você leu e pensou, sem me xingar, já me sinto feliz.

26 de jan. de 2015

A escolha do nome

A escolha é motivo de grande curiosidade por parte dos parentes e amigos, mesmo antes de se saber o sexo do bebê. Sempre dizíamos que íamos pensar nisso só depois de saber. Claro, para que fazer uma lista se depois ela terá de ser diminuída pela metade? E logo depois de noticiarmos a descoberta, já tinha gente também querendo um nome instantâneo. Gente, deve vir muita coisa bordada com este nome.(Há, brincadeira amiguinhos.)
Não foi instantâneo, mas foi uma das escolhas mais rápidas que eu já tive notícia. Um dia depois de sabermos, a internet em casa estava funcionando bem, e já fui pesquisar nomes de meninos e significados. Não gostei das sugestões do pai, eram nomes muito comuns e bíblicos. Vi a lista dos nomes mais escolhidos no ano passado, e estavam todos no top 10. Mamãe chata não quer nome muito comum para o filhote.
Passei por alguns outros nomes com significados ligados ao Deus católico ou a guerreiros, e por este motivo foram descartados.
Até passar por um nome bonito, curto, e que significava alegria, felicidade! Agora só restava fazer a numerologia online. Surpresa, coincidência ou destino, a numerologia resultou numa personalidade que tinha muito do pai e da mãe. Uma misturinha boa, como sempre sonhamos para a personalidade e aparência do filho. (Bem que ele podia puxar os olhos do pai).Ele estava entre os 50 nomes mais escolhidos, mas até aí tudo bem, ter alguns xarás, o chato é conhecer uns 20 ou 30 com o mesmo nome, eu ia achar. Tem gente que não se incomoda.
Caio Soares Severgnini foi bem aceito na sociedade (rs). Eu queria ainda deixar uma brecha para outra escolha, talvez se encontre outro com significado também bonito, talvez alguém para homenagear. Mas o tempo foi passando e o nome foi tomando força e forma, assim como o bebê.
A barriga, antes quase imperceptível, cresce muito perto dos 4 meses, e cresce a imagem da criança para a gente, se sentindo necessário que ela tenha um nome para ser chamada, mesmo na vida uterina.

Ultrassom nervoso, ultrassom ansioso


O segundo ultrassom vem com certo nervosismo. Tem nome enrolado, translucência nucal, que mede a nuca do feto. Por este exame se detecta o risco de anomalias cromossômicas, por exemplo a síndrome de Down. Quase sempre é considerado normal. Depois de ouvir que está tudo estatisticamente normal, vale curtir as imagens. O bebê já se movimenta bastante, e se identifica rosto, pés, mãos. Eu aqui já vi até as mãos longas da família Soares e o meu nariz comprido. Acho que só eu vejo.

O terceiro o médico indicou após perguntar o nível de ansiedade para descobrir o sexo do bebê. Informei que a curiosidade era mais dos parentes que nossa propriamente. O ultrassom foi marcado para dali algumas semanas. Este, ufa, não é mais transvaginal, mas externo. Uma vista geral, batimentos cardíacos, tamanho da cabeça, e uma vista de baixo para procurar o "bigolim". Achou!
Olha aí na foto o menino dando tchau. Eu vejo um tchau :D

23 de jan. de 2015

Vitamina é sempre bom?

Toda grávida moderna (não sei quando isto começou, mas nossas avós e talvez nem nossas mães deviam tomar) tem vitaminas prescritas pelo médico.
No começo é o ácido fólico, que previne má formação. Depois passa para ácido fólico e ferro, pois para se formar o bebê toma muito do ferro, diminuindo drasticamente os índices mesmo das mães saudáveis. Pelo que eu entendi, anemia é quase regra.
Com o ácido fólico tudo bem, nunca vi ninguém reclamar, também não tive problemas. Tomei também vitamina C, para evitar mais gripes devido à baixa imunidade, sem reações. Mas quando passei para o tal complexo vitamínico, aí complicou. O primeiro complexo tinha todas as vitaminas B junto com o ácido fólico. Era só um comprimido por dia, mas depois de duas semanas, não saí mais do banheiro. Culpei a água mineral de garrafão, as comidas de fim de ano, mas na verdade era o prescrito pelo médico que me fazia mal. Parei, melhorei.
Médico passou outro, sem vitaminas B, agora só ferro e ácido fólico. Já percebi que a azia é quase instantânea depois de tomar. Isto que é um dia sim, outro não.Já vi outra grávida reclamando dos efeitos colaterais também. Claro,se alguma grávida ler isto não estou aconselhando a cessar o tratamento, ainda mais se não tem reações. Mas parei pra refletir se vitamina é mesmo sempre bom e para todos.
Na mesma época vi uma entrevista justamente falando sobre isto, mas os médicos parecem unânimes sobre a necessidade dos suplementos na gravidez, ao menos do ácido fólico e ferro. E aí volto lá para as nossas mães e avós. Se eram saudáveis, bem alimentadas, mesmo sem vitaminas em cápsulas geraram bebês saudáveis e tinham gestações tranquilas (algumas tinham 15 gestações até ou mais). Porque elas não precisavam? Será que todas precisam? O mal estar compensa o efeito da vitamina? Quantos complexos terei de testar até me adaptar a algum?

22 de jan. de 2015

O lado B dos sintomas

No começo fiquei bem apreensiva, porque li alguns sites sobre o assunto e nenhum tinha cólica nos sintomas comuns de gravidez. Numa segunda pesquisa encontrei em alguns sites, entre eles o Baby Center. Faço propaganda de graça, pois não só o site, mas o aplicativo para Android são os mais completos que encontrei. Outros sintomas que só encontrei no aplicativo ou em segundas pesquisas foram sangramento nasal, prisão de ventre, tonturas e até mesmo certa tendência à ficar mais atrapalhada, este decorrente dos hormônios! Dizem que a velhice é uma segunda adolescência, mas pelo jeito para algumas mulheres tem um leve adolescer na gravidez. A super sensibilidade também é um sintoma em comum.

20 de jan. de 2015

Minha primeira fila preferencial

Estava com pouco mais de 3 meses. Muitos não viam barriga ainda, principalmente os que não me conheceram sem. Tomei coragem, fui de vestido e peguei a senha preferencial "Porque tenho bebê" ainda falei, apontando pra barriga. Sentei e levantei, já era meu número! Mal acreditei, olhei de novo o papel, estava certo. Ninguém reclamou. Aí sim eu curti!

Peitos, pra que te quero

Também tem grávida que gosta muito de como ficam os peitos, grandes e empinados. Uau, quem não gostaria. A enjoadinha aqui, claro. Já tinha peitos o suficiente, obrigada. Já saltei do sutiã 44 para o 48. Estou com 4 meses. Todas dizem que vai crescer mais, e eu me assusto. E penso: não adianta então comprar sutiãs, pois não sei quanto tempo poderei usar! Comprei um 46, um 48...acho que vai ser assim. E top de ginástica, do M ao G e agora no GG. Os amigos pedem fotos, mas nas fotos que me vejo me acho muito desproporcional. Rosto pequeno, braços magros e peitos que chegam na frente!
Ainda bem que não estão tão doloridos. Aguardem fotos só de perfil.

Entendendo o "curtir"

Nos comentários no Facebook do último texto entendi um pouco mais o que alguns querem dizer com o "curtir" a gravidez. Vi que algumas grávidas se sentiram o centro das atenções, com mimos da família, e esta atenção é o que elas curtem. Talvez por não ter mais meus pais ou por não ser o primeiro neto na família do pai nem primo da geração dele, não sinto este mimo exagerado e fora do comum. O marido ficou mais atencioso, mas também cobra mais para que eu me cuide. Os amigos perguntam mais como eu estou, mas o "mimo" termina aí. Ah, tem gente que não sente nada de enjoo também, então fica só com a atenção. Ah, entendi :D

15 de jan. de 2015

Mamãe?


Desespero! Tenho mais de 30 anos e sou casada, mas não fiz muito nem viajei a metade do que queria. Nunca fui das futuras mamães sonhadoras, sonhando com maternidade desde a infância. Quando casei já tinha mais de 30, e a maternidade era sempre adiada ou descartada, quando pensada vinha mais na ideia de adoção. Boa parte disto pelo despreparo (e alguém pode se dizer preparada?) e noção do tamanho da responsabilidade. Quem pensa muito não tem filho, diriam os antigos. E eu pensava muito.
Nada de emoção ao primeiro momento. A descoberta veio mesmo com desespero, choro convulsivo de pavor. Imagina se fosse uma adolescente. Tem gente muito mais corajosa que eu neste mundo. O marido é o homem mais amado do mundo e já me acalmou. Ficou doido de feliz. Já queria contar pro mundo todo depois do teste de farmácia. Eu preferi fazer o teste de sangue e avisar a família primeiro. Depois vieram avisos na internet gerais. Assim também os parentes podem sentir que são importantes pra gente.
Mas toda grávida sabe que está, ouvimos. É, não sei não. As grávidas medrosas ficam pensando que talvez não. Talvez esteja nos 0,5% de erro do teste de farmácia. Os sintomas já tinha, mas eram mais parecidos com TPM. Muita cólica, dor e inchaço nos seios. E então eu sempre achava "Hoje vem". E não vinha. Azia eu já sentia antes, portanto, não computei como sintoma. Dor de cabeça também sentia na TPM. Parece psicológico, mas o enjoo cresceu depois do resultado.
Aí de novo eu ouvia, curta a gravidez! Curtir o que? A azia, o enjoo ou a dor no seio? Oi? Pera, devo ser muita fria, ou este pessoal deve ser muito falso. Desconfio que estas frases são feitas por homens. Depois do primeiro trimestre deve ser melhor, você já pode sentir o bebê se mexer, já pode planejar a vinda, etc. Mas o começo, por favor, me escrevam meninas que conseguiram curtir o mal estar, só sendo muito fissurada em ser mãe mesmo, para estas talvez tudo isto pareça curtição.
Tentamos encarar como o natural que é, sem grandes expectativas, tentando não achar que meu filho salvará o mundo, apesar de nosso mundo mudar pra sempre.
Ver o ultrassom é algo para se curtir. Ainda mais por no nosso primeiro ele já estar com formas de bebê, se movendo, de coração acelerado. Ficamos muito, muito felizes em ver nosso filho pela primeira vez.E é muito legal pesquisar e saber o tempo em que cada órgão se forma, o quanto ele vai crescendo. O tempo passa devagar nos primeiros meses. Você nem tinha certeza da existência da criança, e quando descobre quer que cresça logo. Mas as semanas passam lentas, só para provocar.
Na foto nosso primeiro ultrassom, com 8,5 semanas.