12 de dez. de 2010

'Inuitismo" de fim de ano


Olá amiguinhos leitores abandonados. Este post é justamente sobre abandono, mas do bom, não esse que os fez pensar que eu tinha abandonado a "carreira artística" e deixado de escrever no blog.
Largar, esquecer, viver outra vida. Algo que parece às vezes tão difícil, mas acontece quase sempre bem rápido. Nossas vidas podem mudar totalmente em alguns meses. Mudar de casa, trocar de emprego, começar um relacionamento. São coisas que podem até demorar para se concretizar, mas quando acontecem, 24 horas são suficientes para mudar tudo.
Ando com uma vontade incontrolável de fazer as malas, mas não qualquer bagagem de mão ou mochila. Aquela mala bem grande, colocar quase todo o guarda roupa em uma mala, ao menos para testar se o seu consumismo deixa o seu guarda roupa caber em uma apenas, ou se você precisará de todas que tem, além de caixas e sacolas.
Talvez por estar vendo muitas vidas sendo mudadas ao meu redor, esta vontade de mudar tenha crescido em mim. Mas o mudar para mim sempre teve muito a ver com deslocamento físico mesmo. Pegar avião, ônibus, fazer mudança. Voltando do aeroporto onde me despedi do Luigi, só o que pensava era em voltar e fazer a tal grande mala, o que colocaria nela, por onde começaria. Minto, antes pensei no quanto queria ir junto, mas que ir e voltar seria também frustrante. A vontade era mesmo só de ir com ele, com a mala gigante, e o que mais eu conseguisse levar de importante.
Ou talvez esta vontade seja por causa do final do ano, talvez eu tenha algo do espírito dos Inuit, esta vontade de queimar todo o passado a cada troca de ciclo. Que o verão traga as novidades!
P.S: Se eu realmente for, peço aos que ficarem para irem até o aeroporto, ou rodoviária darem tchau pelo vidro. Não há tristeza maior que partir sem ter para quem dar tchau. Mesmo que seja um partir por alguns dias.

3 comentários:

Vanderlei Luis disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vanderlei Luis disse...

Pois terão que ir ao aeroporto. Não será poucos dias!
Mutu

Lucas Ferreira disse...

Detesto despedidas - eu sempre choro.