4 de dez. de 2015

Caio, 5 meses. O que aprendi. E não aprendi

Caio, quase meio ano conosco. Que aventura tem sido. Quantas vezes seus pais se apaixonaram e brigaram de novo pelos mesmos motivos: a forma como és criado, como levar a vida e a relação a dois após sua vinda, e também pelas tantas noites sem sono tranquilo, o que tira o bom humor de qualquer mortal.
Ainda não sei na maioria das vezes porque você chora conforme dizem que os pais aprendem. Ainda não aprendi, será que um dia irei? Ainda não sei o que fazer para você dormir uma noite inteira, nem como te pôr pra dormir sem protestos de sua parte. Deixar no berço e dizer boa noite depois de uma história. Será que um dia? Ainda não sei cortar suas unhas, a simples ideia de uma tesoura, mesmo sem ponta perto de um bebê me deixa apavorada, e o cortador e lixa parecem não dar conta de unhas moles e meio encravadas.
Ainda não sei usar o sling direito, e nem por quanto tempo conseguirei te segurar, sendo você um bebê tão grande e forte parecendo mais filhote de gorila e não de dois saguis magrelos feito seus pais. Ainda não sei como suportarei te deixar para ser cuidado por estranhos, quando chegar a hora da creche. Ainda não sei como tem amigo dos seus pais que ainda não tirou o tempo da cartola para vir te conhecer. Mas isto, eu sei, é porque sou uma mãe coruja e mesmo correndo o risco de ser ridícula, te acho um dos bebês mais lindos e simpáticos que eu já conheci.
Também já sei que sou mãe conforme sempre fui de personalidade: Atrapalhada, palhaça e teimosa. No bom e no mau sentido, pois não sei quando minha teimosia é pela forma correta ou errada de te cuidar. Sei que te ter no colo e te fazer rir são as melhores coisas do mundo. Sei que a vida pré Caio era cheia de tempo e tédio. E que este meu coraçãozinho egoísta nunca poderia pensar em amar tanto alguém antes de você nascer.
Feliz mensário, que venham centenas destes, e que eu possa estar contigo na maioria deles.

3 comentários:

Unknown disse...

Que lindo e honesto. Compartilho contigo suas dúvidas, não sei se é animador ou desanimador, mas terás dúvida a vida inteira, se o que estás fazendo é o certo ou o errado, essa é a difícil e linda "tarefa" de ser mãe. Chorar por corrigir ou não corrigir adequadamente, chorar de medo ou de alegria pelas conquistas do filho. Achar q poderia ser uma mãe melhor e as raras vezes achar que é a melhor mãe do mundo. A única certeza é que com todas as nossas inseguranças ninguém fará nada melhor que nós pelos nossos filhos.

Elaine disse...

Eu até nem tinha lido antes, porque ando meio sensível e tinha certeza que ia chorar. aí li só hoje .. tá ok, chorei mesmo assim, mas ri muito também na parte dos saguis e de te pensar e lembrar atrapalhada, palhaçona mesmo, mas a nossa palhaçona, peraí, aquela que o Caio terá muito orgulho de ser seu filho. Tenho certeza que suas risadas serão muitas, pois ao que parece, nesse sorrisinho meio maroto dele, tem muito de você - tá, do Luiz também eheh - mas digo de você, pois que acompanhei seu sorriso mais vezes, por mais tempo, e também algum mal humor, mas sem perder a piada, coisa que o Caio aprenderá contigo, pois ri de si mesmo é um dos maiores aprendizados que podemos ter, pois faz com que não nos levemos tão a sério e que a vida seja mais leve ;) e quando há amor .. ah! aí mesmo que se consegue tirar proveito de toda situação e de arrancar um sorriso do rosto fácil fácil. É amiga, você é uma boa mãe sim, só não sabia disso ainda ;)

Nádia disse...

Obrigada Margarida e Elaine. Que bom que estão por aqui. :)