7 de out. de 2025

Tilim, o monstro. parte 2 - o banquete

O mais elegante comedor de papel de bunda,

Tilim, o monstro, cruza as patas dianteiras,

logo após se fartar com seu banquete:

lápis de cor rosa, canetinha azul, enchimento de pelúcia,

um pouco de sofá.


A nutricionista recomendou um prato colorido,

E ele então complementa: papelão marrom,

plástico preto e nota fiscal, que ele rejeita

(a tinta da registradora não agradou)

prefere uma guache verde, talvez um post-it


aqui em casa todos são poetas, e se alimentam de versos

Tilim come minhas anotações aos pedacinhos, degustando cada letra.

e depois as solta ao vento, colorindo o chão e o ventre


Tilim, então, vai roer uma tampa, talvez um olho de brinquedo,

espera irritar para que corram atrás dele, mas a gente já faz a conta,

se salvar vale a pena. E depois ele se deita, descansado e desistente

Tilim, o monstro, vira bola, aninhado no colo da gente


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