O mais elegante comedor de papel de bunda,
Tilim, o monstro, cruza as patas dianteiras,
logo após se fartar com seu banquete:
lápis de cor rosa, canetinha azul, enchimento de pelúcia,
um pouco de sofá.
A nutricionista recomendou um prato colorido,
E ele então complementa: papelão marrom,
plástico preto e nota fiscal, que ele rejeita
(a tinta da registradora não agradou)
prefere uma guache verde, talvez um post-it
aqui em casa todos são poetas, e se alimentam de versos
Tilim come minhas anotações aos pedacinhos, degustando cada letra.
e depois as solta ao vento, colorindo o chão e o ventre
Tilim, então, vai roer uma tampa, talvez um olho de brinquedo,
espera irritar para que corram atrás dele, mas a gente já faz a conta,
se salvar vale a pena. E depois ele se deita, descansado e desistente
Tilim, o monstro, vira bola, aninhado no colo da gente
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